| Se você tem mais de 30 anos e já torcia pela fórmula 1 no final dos anos 70, ou brincou com o autorama Fittipaldi do seu irmão mais velho, sabe a emoção que é dirigir o mod F1-79 do RFactor e pilotar entre as Renault de Laffite e Arnoux, a Brabham de Piquet, as parrudas Ferrari da época e as já lendárias McLaren. Se, como eu, é um brasileiro que, àquela época, começava a acompanhar a Fórmula 1, também há de ter um carinho e uma emoção toda especial ao passar pelo Copersucar pilotado por Emerson Fittipaldi. Enfim, é tanta emoção em torno das recordações da época, que o mod F1-79 nem precisava ser bom para agradar. Mas é.
Como em poucos mods do RFactor, há dirigibilidade, a visão do cockpit é melhor do que as outras, a arquitetura do setup é uma arte quase que inalcançável, o nível de imersão e sensação de realismo são únicos. Aliado à emoção da época, está uma pilotagem genuinamente difícil, que recompensa cada volta de treino, cada exploração do limite e, pasmem, ainda por cima permite ultrapassagens. Parabéns à liga da GPLBR por mais um campeonato histórico que começa, aliás, em um circuito desconhecido, mas muito bem escolhido pela diretoria desportiva da liga.
Situado na Itália, o circuito de Vallelunga é de 1951, já tendo sediado inúmeros eventos de automobilismo ao longo dos seus mais de 50 anos de existência (veja aqui tudo sobre o circuito, em italiano: http://www.vallelunga.it/index.php?id=10. É uma pista seletiva, com curvas de alta e de baixa velocidade, alguns pontos de ultrapassagem e média aderência, elementos que dão ao piloto prazer e desafio e, aos engenheiros, muita dor de cabeça. Para alguns colunistas e pilotos, é, aliás, o setup quem falará mais alto.
No padock, após os treinos de classificação (resultados abaixo), alguns pilotos estavam visivelmente frustrados com seus setups e até algumas crises ameaçaram surgir, com o veterano Ivan Montoya Reis abertamente criticando os engenheiros da equipe. Já a Pau Grande, em festa com a pole position conquistada por seu piloto Rafael Beicinho Medeiros, divulgou uma volta escola extra-oficial, numa sensacional jogada de marketing promovida pelos seus patrocinadores Viagra e KY. Houve quem dissesse, entretanto, que a volta escola era apenas para despistar e que não reproduzia uma volta boa. Interpelado sobre o assunto, o piloto Flavio Processo Silva preferiu não comentar: “Cada um com seus problemas”.
Problemas a parte, a corrida promete. A pista permite disputas, os carros devem estar próximos o tempo todo e, durante as 36 voltas, qualquer erro poderá ser fatal, já que a brita é inclemente com os pneus e os frágeis carros de 1979 se quebram facilmente. Quem tiver pretensão de pontuar, dificilmente poderá se dar ao luxo de errar. O evento começa às 21h. O grid de largada ficou definido assim: 1º Rafael Medeiros 1:26.372
2º Marcos Pomela 1:27.511
3º Daniel Lotfi 1:27.538
4º Carlos Fernandes 1:27.595
5º Marcius Holdorf 1:27.741
6º Murdoch 1:27.853
7º Luis Goi 1:28.421
8º Alex Reis 1:28.448
9º Panda 1:29.300
10º Guilherme 1:29.344
11º Flavio Silva 1:29.475
12º Fernando Oliveira 1:29.874
13º LimaoCE 1:30.261
14º Tony Martins 1:30.664
15º Eduardo Lima 1:31.143
16º pc 1:31.404
17º Ivan Reis 1:32.183
18º Dude 1:33.088
19º Jorge Ferreira 1:35.083
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